sábado, 11 de maio de 2013

Essa semana mais correria exames e mais medicos.

Na terça-feira dia 08/05 dia de exame ecocardiograma e esteira fiquei super nervosa ate que minha pressão estava 15 x 11 super alta aff mais vamos aguardar o resultado.
Na quarta feira dia 09/05 marquei nutricionista Dra Deiva e adorei ela já me deu a autorização para cirurgia só falta 4 autorizações aff que demora já se foi um mês e nada garantido só a Dra Deiva.
Na quinta feira foi o dia da Pneumologista Dra Maria Luíza pediu alguns exames que vou fazer e já me dá a autorização se tudo der normal já me autoriza..
Na sexta feira dia 10/05 fui para colocar o holter e mrpa que droga mais sobrevivi a isso e no aguardo do resultado.

É O FIM ESSA ...


PARA AFASTAR GORDAS, ABERCROMBIE SE RECUSA A FAZER ROUPAS LARGAS

"ELE NÃO QUER QUE PESSOAS GORDAS COMPREM EM SUA LOJA. ELE QUER PESSOAS MAGRAS E BONITAS", CONTOU AUTOR DE LIVRO SOBRE ESTRATÉGIA DO CEO DA MARCA

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Abercrombie & Fitch (Foto: Getty Images)
Se você estiver acima do peso, você não é uma consumidora em potencial para a Abercrombie & Fitch. A empresa, para evitar que sua marca seja levada por mulheres gordas, nem sequer fabrica roupas nos tamanhos G e GG. A estratégia foi explicada no livro The New Rules of Retail (As Novas Regras do Varejo, em tradução livre) pelos autores Robin Lewis e Michael Dart.
A calça mais larga da Abercrombie tem tamanho 10, enquanto a concorrente H&M tem peças até o tamanho 16, e a American Eagle, até 18. Esta é uma atitude tomada por Mike Jeffries, CEO da empresa, para que a marca só seja usada por pessoas "bonitas".
"Ele não quer que pessoas gordas comprem em sua loja. Ele quer pessoas magras e bonitas. Ele não quer que seus principais consumidores vejam pessoas que não são tão bonitas quanto eles usando as roupas", explicou Lewis, autor do livro, ao Business Insider.
A posição da empresa já havia repercutido em 2006, quando o CEO deu uma entrevista ao site de notícias Salon. "Em toda escola há adolescentes que são legais e populares, e há aqueles que não são tão legais. Nós estamos atrás dos legais. Nós vamos atrás de todos os adolescentes atraentes com muita atitude e muitos amigos. Muitas pessoas não pertencem às nossas roupas, e elas nem podem pertencer. Nós somos excludentes? Absolutamente", afirmou o executivo, pouco incomodado em perder consumidores. Ele defende que as outras companhias, que possuem numerações maiores em suas araras, se complicam ao tentar atingir todo o tipo de consumidor. "Você se torna totalmente comum. Você não exclui ninguém, mas você também não empolga ninguém", disse.





terça-feira, 7 de maio de 2013

Síndrome de Dumping


É uma complicação comum após a cirurgia bariátrica e faz com que ocorra a passagem do conteúdo gástrico que está no estômago para o intestino de forma muito rápida.

Nesse caso, deve-se evitar principalmente o consumo de alimentos que sejam ricos em carboidratos e açúcar. A síndrome de dumping pode ser dividida nas formas precoce ou tardia e é o resultado das alterações feitas no procedimento de armazenar do estômago. Pode ser diagnosticada por meio dos sintomas que são apresentados pelos pacientes submetidos à cirurgia gástrica.

Pode causar sonolência, fraqueza, náuseas, cólicas intestinais, desmaios e diarreia, após a pessoa ter se alimentado. Entretanto, nem todos têm a mesma reação e os sintomas variam de um paciente para o outro. O tratamento dever ser feito com base em uma dieta alimentar e a criação do hábito de descansar após as refeições para atrasar o esvaziamento estomacal.

Dumping precoce

Ocorre por volta de 30 a 60 minutos após a refeição e pode ser decorrente do esvaziamento gástrico levando a desvios do líquido intravascular para a luz do intestino. Isso resulta em uma distensão muito rápida do intestino delgado, aumentando as contrações do intestino. Seus sintomas são diarreia, náuseas, cefaleia e rubor.

Dumping tardio

Pode ocorrer de 1 a 3 horas após as refeições e a oferta rápida de alimento para o intestino delgado causa uma alta concentração de carboidratos no intestino delgado proximal e na absorção da glicose. Os altos níveis de insulina causam uma hipoglicemia subsequente. Seus sintomas são tremores, dificuldades para se concentrar, redução da consciência, fome e perspiração.

Efeito Platô

É o nome dado quando o peso corporal do paciente se estabiliza devido a sua adaptação à restrição dos alimentos. Isso causa a sensação de não estar mais perdendo peso após um período. Porém, o paciente deve continuar realizando a dieta saudável, pois o corpo irá reiniciar o ciclo de emagrecimento. Além disso, as atividades físicas devem ser mantidas.

Gastrostomia ou Jejunostomia

É um tipo de procedimento para fixar uma sonda alimentar com a criação de um orifício no estômago ou próximo ao jejuno. Esse procedimento cria uma ligação do ambiente externo com o interno

Avaliação Nutricional


A adequada avaliação nutricional é fundamental para o sucesso da cirurgia. Segue abaixo informações a respeito da avaliação e dieta elabora pela Dra. Fárida.

PREPARO NUTRICIONAL PRÉ-OPERATÓRIO

Avaliação Nutricional
Suplementação Nutricional
Dieta de Desintoxicação

1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
O acompanhamento nutricional que se inicia no pré-operatório tem como objetivo a avaliação clínica, antropométrica, bioquímica e dietética do paciente, visando o preparo e liberação do paciente para a cirurgia, quando o mesmo se apresenta apto para o procedimento. Neste momento que antecede a cirurgia o Nutricionista tem como finalidade abordar princípios básicos da Nutrição, ensinar comportamentos magros, iniciar a intervenção nutricional sugerindo mudanças alimentares imediatas que promovam implantação de hábitos saudáveis, como planejamento e fracionamento alimentar, exercício de mastigação correta, bem-estar, desintoxicação orgânica e perda de peso, ou seja, ajudar a criar um estilo de vida saudável que sustente o emagrecimento e as mudanças que a cirurgia vai causar.Entre algumas mudanças alimentares necessárias nesta fase então:

Fazer o café da manhã regularmente, de preferência em casa, pois possibilita as escolhas saudáveis;
Consumir leite de vaca e derivados magros (leite desnatado, iogurte desnatado ou light, queijos magros como ricota, minas light, cottage e requeijão light);
Excluir açúcar e se necessário utilizar adoçantes naturais à base de estévia ou sucralose;
Evitar ao máximo ingerir alimentos contendo farinhas brancas (pão francês e bolachas de todos os tipos), massas, macarrão instantâneo e produtos de padaria;
Usar pães integrais, rico em grãos e fibras;
Iniciar o fracionamento das refeições: consumir ao menos uma fruta no meio da manhã outra no meio da tarde (10h e 15h);
Optar por lanches da tarde com iogurtes, barra de cereal ou de frutas, frutas secas, castanhas, salada de frutas com aveia ou granola;
Substituir frituras, empanados, à milanesa (carnes, peixe, frango, batata, mandioca, bolinhos) por pratos cozidos, assados, ensopados ou grelhados;
Diminuir a quantidade de líquido que ingere com as refeições até chegar no máximo a 100 ml (meio copo) ou nada. Preferir água, limonada, suco de maracujá com adoçante natural; eliminar o hábito de sucos artificiais ou refrigerantes (mesmo light);
Evitar fazer “café da tarde” e consumir bolachas, mesmo salgadas, pois é um hábito ruim que engorda e atrapalha o emagrecimento;
Jantar mais cedo e comer igual ao almoço, é o mais saudável!
Reduzir o consumo de guloseimas, aprendendo a negociar e adiar as vontades alimentares. Escolher um dia da semana fixo para comer uma das guloseimas que teve vontade durante a semana faz parte do comportamento magro!
Mastigar corretamente (veja a seguir as dicas).

MASTIGAÇÃO CORRETA.

Ideal é demorar no mínimo 20 minutos para comer uma refeição equilibrada e corretamente quantificada.Não existe boa digestão e absorção de nutrientes sem uma mastigação adequada. É importante prestar atenção enquanto mastiga, sentir o alimento na boca, a temperatura, a textura, os sabores e todos os prazeres que ele pode oferecer somente enquanto está na boca.Veja abaixo os passos para o sucesso:

Utilizar prato de sobremesa e garfo de sobremesa ou prato e talheres de criança para se alimentar no almoço e jantar, a fim de visualizar uma menor porção de comida no prato e também reduzir a quantidade de alimento que se leva à boca;
Colocar pouco alimento na boca e descansar os talheres enquanto mastiga; Mastigar com atenção e só engolir o alimento completamente triturado;
Parar de comer no momento que estiver satisfeito e na próxima vez lembrar-se de colocar menos comida no prato;
Lembrar que o prazer mora na boca, depois de engolir não sentimos mais nada, por este motivo devemos prolongar este prazer ao máximo!!!
2. SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL

Na prática clínica é comum encontrarmos pacientes obesos desnutridos. A falta de nutrientes nos obesos está ligada a erros alimentares diários, consumo de alimentos com calorias vazias (fast foods, gorduras trans, alimentos industrializados), tentativas frustradas de emagrecer utilizando-se de dietas da moda ou de muito baixa caloria, utilização de medicações para emagrecer e presença de gastrite, úlceras e infecção por bactéria no estômago impedindo a absorção adequada de nutrientes. A gordura corporal também colabora para deficiência de vitamina D. A falta de Ferro, vitamina B12, Zinco e ácido fólico proporcionam risco à saúde, por isso o ideal é que a suplementação seja iniciada antes da cirurgia, visando:

Corrigir desequilíbrios nutricionais;
Evitar desnutrição precoce após cirurgia;
Estimular as defesas do organismo;
Ampliar reservas de nutrientes;
Melhorar o processo de cicatrização e recuperação da cirurgia;
Suprir carências geradas pelo estresse físico e mental no período que compreende o preparo para cirurgia.
No pós-operatório, o uso de vitaminas e minerais se inicia em média a partir do 15º dia. Nos 3 primeiros meses as doses são mais altas. A tendência é diminuir com o passar dos meses, e variar de acordo com os resultados dos exames de cada paciente. As reservas de nutrientes e necessidades são individuais, de acordo com sexo, idade, e o consumo de alimentar de proteínas (carnes, frango, peixes, ovos, laticínios), grupos de alimentos que fornece nutrientes importantes como Zinco, Ferro, Vitamina B12 e Cálcio são os que geralmente merecem suplementação extra.

A sequência no uso de vitaminas e minerais é para toda vida, mesmo que em doses baixas. Suplementos não produzem energia (calorias) e por isso não são capazes de gerar aumento de peso, fato que preocupa a maioria dos pacientes. Eles servem para proporcionar equilíbrio, vitalidade, evitar anemia, entre outras complicações.

É comum o paciente suspender por conta própria o uso do suplemento em algum momento da vida alegando bem estar e boa alimentação, entretanto, mesmo que o consumo alimentar seja satisfatório, o aparelho digestório após a cirurgia já não é mais capaz de absorver os nutrientes como anteriormente.

É importante seguir a orientação da Equipe quanto à escolha do Suplemento

3. DIETA DE DESINTOXICAÇÃO

É uma dieta líquido-pastosa, restrita, fracionada varias vezes ao dia que o paciente deve seguir por 24 horas antes da internação. Esta dieta comporta sopa de legumes liquidificada e não peneirada, sucos de frutas naturais não peneirados e hidratação (chás, água). Não são permitidos alimentos de origem animal e açúcar neste dia.

Esta dieta tem por objetivo não deixar resíduos no estômago e intestino, evitar fermentação excessiva e com isso garantir sucesso na cirurgia e bem-estar no pós-operatório. O seguimento desta dieta é obrigatório e faz parte do protocolo de cirurgia.

Para alguns pacientes é sugerido o seguimento de um Plano Desintoxicante (Detox) 7 a 15 dias antes da cirurgia. Não é obrigatório, mas colabora enormemente para o sucesso da cirurgia. Fígado e outros órgãos menos edemaciados facilitam a procedimento cirúrgico. Para pacientes com IMC maior que 40, portadores de doenças do aparelho digestório e com função hepática alterada é sugerido seguir a proposta Detox.

Na Detox são proibidos alimentos contendo farinha branca, açúcar, carne bovina, leite de vaca e derivados, café, bebida alcóolica, alimentos industrializados de forma geral. São liberadas todas as frutas, vegetais, cereais integrais, raízes, tubérculos, sementes durante o Detox.

A dieta estimula o consumo de alimentos que potencializam a desintoxicação do fígado como azeite de oliva extravirgem, castanha do Pará, vegetais Ricos em Clorofila e Enxofre, abacate, lima da pérsia, alho, gengibre entre outros.

DIETAS PÓS OPERATÓRIO

Pós-operatório imediato
Dieta Líquida
Dieta Pastosa
Dieta Livre
Seguimento Nutricional Pós operatório.

1. Pós-operatório imediato

Entre 24 e 48 horas após a operação já são introduzidos líquidos como água, água de coco, chás de ervas claras (camomila, hortelã, erva doce, funcho), suco de laranja-lima diluído em água em quantidade de 50ml. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir até sentir-se apto a tomar maiores quantidades.
A dieta do primeiro mês pós-operatório está dividida em 3 etapas e inicia-se ao chegar em casa após a alta hospitalar:

Etapa 1: Dieta Líquida 50ml (7 dias)

Etapa 2: Dieta Líquida 100ml (7 dias)

Etapa 3: Dieta pastosa (10-15 dias)

O ideal é que o paciente tenha disponibilidade de seguir este plano exclusivamente em casa, pois facilita o fracionamento e preparo das refeições. Porém caso seja necessário retornar ao trabalho ao término da dieta líquida, é possível fazer algumas adaptações individuais para que o mesmo não fuja da rotina alimentar logo no início do tratamento.

2. DIETA LÍQUIDA COMPLETA
Nos primeira quinzena, o paciente deve ingerir exclusivamente líquido. O uso de alimentos sólidos precocemente pode forçar os pontos que são dados no estômago, fazendo com que estes se rompam, aumentando o tamanho do reservatório gástrico, ou provocando vazamentos do estômago, predispondo complicações graves ou dificultando a perda de peso.

É uma dieta hipocalórica que fornece poucos resíduos e facilita a digestão. A função desta dieta é proporcionar repouso gástrico, cicatrização e hidratação, e por este motivo deve ser respeitada incondicionalmente, já que o seguimento do plano evita as complicações citadas anteriormente e desconforto gástrico e intestinal (náuseas, vômitos, dor, distensão abdominal e gases), proporcionando bem-estar e retorno precoce às atividades do dia-a-dia.

A primeira semana consiste na ingestão de 50ml e a segunda semana 100ml de líquidos por refeição. A evolução do 7º para o 8º dia, onde ocorre o aumento do volume deve ser muito cautelosa. O paciente deve tomar suas refeições vagarosamente e em pequenos goles,bebendo o suficiente para se sentir saciado.  Forçar a ingestão de toda a porção recomendada não é indicado caso o mesmo não se sinta confortável para isso. A evolução do consumo deve ser gradativa e natural. O respeito ao sinal de saciedade deve ser praticado já neste momento e prosseguir por toda vida.

A dieta líquida é chamada completa, pois contém uma quantidade razoável de nutrientes, devendo para isso ser bastante variada, natural e preparada artesanalmente. Não se recomenda a ingestão alimentos industrializados como sopas prontas, sopas infantis, caldos industrializados, gelatina e pudim mesmo light. Alimentos industrializados não tem valor nutricional, são ricos em sódio, compostos químicos que não agregam saúde.

Leite de vaca, mesmo desnatado, pode não ser uma boa opção imediatamente após a cirurgia, já que a lactose (açúcar do leite) pode causar fermentação e desconforto intestinal (gases, diarréia ou obstipação) e as proteínas do leite, por serem de origem animal são de difícil digestão, exigem da saúde do estômago neste momento.

As opções desta dieta, nas 2 semanas são as mesmas, suco de frutas, iogurte e bebida a base de soja light/zero açúcar, caldo de frango ou carne (caseiro) batido com legumes e peneirado,  complemento alimentar isento de açúcar com o objetivo de aumentar o aporte de proteínas, vitaminas e minerais da dieta, já que o polivitamínico é iniciado somente com a entrada da dieta pastosa. A dieta é isenta de açúcar e o paciente será rotineiramente estimulado a manter esta conduta. Recomendam-se adoçantes naturais à base de estévia ou sucralose.

Nesta fase todos os alimentos são liquidificados e peneirados. Para suco de frutas e sopas utiliza-se coador de pano ou papel para garantir que o líquido esteja homogêneo ao beber, facilitando a deglutição. Também não se utiliza talheres, o líquido é bebido em copos medidores de 50 ou 100ml.

A dieta é composta por 8 refeições que devem ser distribuídas a cada 2 horas. Não pular nenhuma refeição é importante. Caso o paciente não sinta fome, deve consumir um pouco menos da porção, mas jamais pular, pois este ato começará a prejudicar sua perda de peso, uma vez que o fracionamento correto representa em um dos pilares básicos da reeducação alimentar e deve ser seguido para vida toda.

Nos intervalos de cada refeição programada recomenda-se tomar vagarosamente 150ml de água ou outro liquido hidratante (água de coco, chás), em pequenos goles. Não é permitido bebida com gás, café, leite de vaca (mesmo desnatado), chás a base de cafeína (chá mate, chá preto, chá verde), chimarrão, sucos artificiais e de caixinha (mesmo light).

Atualmente, para alternar com água e chás na hidratação, é comum a utilização de fórmulas com colágeno hidrolisado composto com vitaminas e minerais, com sabor de frutas, que lembram sabor de suco. O produto é comercializado em pó e deve ser diluído em água. É agradável, refrescante, proporciona saúde, aumenta o teor de proteínas da dieta e ajuda da aceitação de líquidos, regra que é fundamental, entretanto difícil de ser seguida devido a sensação de saciedade precoce.

3. DIETA PASTOSA
A função desta dieta é iniciar mastigação, adaptação e transição de líquidos para sólidos. É uma dieta também hipocalórica, composta por líquidos e alimentos macios. Utiliza-se pires e colher de chá para a alimentação. O paciente é orientado a se servir com ½ colher de chá e então colocar na boca esta quantidade. É preciso estar atento ao ato de mastigar a todo momento. Comer devagar, dar um intervalo entre uma porção e outra, evitar conversar enquanto come, comer sem pressa e prezar um ambiente tranquilo para a realização das refeições são atitudes que devem fazer parte da vida do operado.

Prestar muita atenção no que ingere ajuda o cérebro a “registrar” a consistência pastosa, atitude importante para conseguir passar para a próxima fase da dieta com sucesso e segurança.

Diferente do que a maioria das pessoas imagina, os vômitos tendem a ocorrer com o passar do tempo, após o 2º e 3º mês pós-operatório, pois o paciente passa a ficar mais distraído para comer. Quanto mais estabilizado o paciente, mais distraído ele pode estar, correndo o risco de esquecer-se de mastigar corretamente.

A dieta pastosa consiste em 7 a 8 refeições por dia, com intervalo de 2 horas, a base de preparações cremosas como purê de batata inglesa, batata-salsa ou abóbora, quirera, polenta, carne e frango desfiado, legumes cozidos, sopa de legumes com carne ou frango sem liquidificar, biscoito salgado, sucos de frutas natural, frutas macias ou cozidas. Café e leite desnatado já podem ser introduzidos. Já é possível cozinhar com azeite de oliva ou óleo de canola em pequenas quantidades, diferente da dieta líquida onde os caldos não levam gordura no preparo.

A hidratação nos intervalos das refeições permanece no mesmo modelo da dieta líquida, entretanto o volume já pode ser aumentado para 200ml.

4. DIETA BRANDA
 A dieta branda representa a transição da dieta pastosa para livre, etapa onde a maior parte dos alimentos comuns do dia-a-dia já é introduzida na dieta do paciente, porém de forma abrandada para auxiliar sua mastigação. Os alimentos sugeridos nesta fase são facilmente digeridos, levemente temperados, possuem consistência macia pela sua cocção, com o mínimo de fibras e quantidade moderada de resíduos.

É interessante que a dieta além de simples seja preparada em casa, para que não haja excesso de sal, temperos, condimentos industrializados e gordura.

Nesta fase o paciente recebe uma dieta personalizada e adaptada para sua rotina de vida, visando a mais perfeita execução do plano. É nesta fase que o Nutricionista inicia de forma concreta a estruturação da nova vida alimentar do paciente, discutindo com ele a elaboração do plano, bem como a importância de cada grupo alimentar, o fracionamento, opções práticas de lanches e especialmente a atenção ao consumo de proteínas animais, com o objetivo de suprir as necessidades de Ferro, zinco, vitamina B12 e Cálcio na dieta.

Entre os alimentos permitidos na dieta branda estão: café, leite desnatado, pão, torradas, queijos magros, presunto, ovos cozidos, frutas macias (sem casca e bagaço), feijão, arroz, batatas, macarrão, iogurtes, farinha de linhaça em pequenas quantidades. Carne, frango, peixes cozidos, assados ou grelhados, jamais fritos ou empanados.

A partir da dieta branda as refeições passam a exigir cada vez mais a atenção para mastigação. É extremamente importante mastigar os alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando então podem ser engolidos.

As porções se mantém reduzidas, com volumes semelhantes a dieta pastosa, e os líquidos já podem ser aumentados para 250ml nos intervalos de refeições, que permanecem a cada 2 horas, exceto se a rotina de trabalho e atividades do paciente não permitir, calculamos refeição a cada 2 horas e meia. O tempo entre uma refeição e outra jamais pode ultrapassar 3 horas. Ao final do dia o paciente deve ter realizado 6 a 7 refeições.

O fracionamento correto contribui para a perda de peso eficiente, evita perda de massa muscular, previne desnutrição, anemia, preserva o sistema imunológico, mantém as funções cognitivas integras (memória, concentração, atenção), promove bem estar físico e mental. Pular refeições na tentativa de emagrecer é um dos mais graves erros no processo de emagrecimento!

5. DIETA LIVRE
Em geral, inicia-se 2 meses após a cirurgia. Nesta dieta já podem ser introduzidos a maior parte dos alimentos, com a consistência mais próxima do normal, porém continua ocorrendo a adaptação individual e gradativa de cada paciente, sendo importante preservar a qualidade nutricional e fracionamento estruturado já nos planos anteriores, mantendo a atenção para consumo de proteínas.

Todas as frutas são permitidas (com cascas e bagaços), frutas secas, vegetais crus e cozidos, folhosos verde-escuros, carnes de todas as espécies, alimentos fontes de fibras (aveia, granola, barra de cereais), sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, pistache), entre outros alimentos que exigem mastigação exaustiva.

É bom lembrar que a saciedade será maior com alimentos sólidos e, como o que pretendemos é diminuir a ingestão para perder peso, as refeições devem basear-se em alimentos "mastigáveis". Hidratar-se com bebidas que contenham calorias e açúcar irão inibir a perda de peso. Sendo assim, a sede deve ser suprida com água.

A dieta livre não representa liberdade para retornar aos velhos hábitos nem mesmo abandonar todos os ensinamentos passados até aqui, apenas abre alternativas para o paciente consumir alimentos na sua característica original sem precisar de abrandamento ou transformação em pastoso. Também oferece oportunidade de comer em restaurantes e participar de eventos sociais que envolvam comida. Os princípios básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico, pobres em açúcares e gorduras, restringir álcool precisam ser estabelecidos como um novo comportamento do operado.

 A partir desta fase é possível planejar junto com o Nutricionista o momento para comer uma preparação fora do planejamento sem que haja prejuízos na perda de peso. Entretanto, quanto mais tempo o paciente se manter restrito e fiel a dieta, mais perto ele estará da sua meta de peso. Durante o primeiro ano o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago e a conhecer aqueles alimentos mais toleráveis.

 SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

O acompanhamento nutricional durante o primeiro ano após a cirurgia visa a trabalhar a sustentação dos novos hábitos alimentares, comportamentos magros e reforço constante da necessidade do seguimento das regras para que o objetivo seja alcançado. O abandono do acompanhamento nutricional abre possibilidades para o paciente retonar aos velhos hábitos e assim estacionar a perda de peso ou recuperar alguns quilos.

Entre as funções do Nutricionista está: a elaboração do plano alimentar de acordo com a rotina de atividades diárias (trabalho, estudos, exercício físico) do paciente, preferências alimentares, necessidade calórica e de nutrientes, análise de exames laboratoriais, prescrição de suplementos nutricionais (vitaminas, minerais, proteínas), acompanhamento da perda de peso, bem como reforçar incansavelmente a importância das escolhas saudáveis, pois são as atitudes nutricionais inteligentes que ajudarão na sustentação do novo pelo resto da vida.

A cirurgia é uma etapa, não a essência do tratamento, onde o rigoroso acompanhamento da Equipe é indispensável para o sucesso!

Nutricionista Fárida Nichele Cortez - CRN8-4289

Graduada pela UFSC
Especialista em Terapia Nutricional com Treinamento em Serviço UFPR
Especialista Lato Sensu em Nutrição Clínica Funcional UNICSUL
Especialista Lato Sensu em Fitoterapia aplicada à Nutrição Funcional UNICSUL
Email: faridacortez@gmail.com

Mais um exame...

Bom dia !!

Volto hoje a relatar ontem a tarde voltei na Clinica Pulsar aqui em Ribeirão Preto - Sp  para fazer o teste ergométrico e eletrocardiograma nossa fiquei muito triste quando sai de lá minha pressão estava 15 x 11 extremamente alta nunca minha pressão foi assim de tão ansiosa que estou para dar certo para que eu posso marcar a cirurgia o mais rápido possível parece que esta dando tudo errado nossa estou sentindo meu mundo cair encima de mim...
Ainda conversei com uma moça que já fez redução de estomago que diz que se fosse hoje na vida dela não faria porque é uma cirurgia delicada e pelo resto da vida tem que tomar vitaminas porque o organismo não é o mesmo nossa ela disse que ela sta super bem mais que não recomenda e sem ela saber de nada ela disse que eu não preciso porque sou bonita e não sou gorda o suficiente mais estou tão determinada em fazer essa cirurgia que acho que será a melhor coisa.
Já li vários relatos na internet que pessoas que fez essa cirurgia bariátrica não são tao felizes como antes que só sua carcaça melhorou a imagem mais ainda sente o mesmo vazio ou até mais que quando era gordo fazia de tudo era feliz ao pouco e com a cirurgia diminui...

Dieta Pós-Operatória


Durante o primeiro mês o paciente deve passar por dieta líquida, seguida de dieta pastosa, conforme orientação da Nutricionista. O uso de alimentos sólidos precocemente pode forçar os pontos que são dados no estômago, fazendo com que estes se rompam, aumentando o tamanho do reservatório gástrico, ou até vazamentos do estômago, predispondo complicações graves ou dificultando a perda de peso.


MODELO DE ROTINA ALIMENTAR

Pós-operatório imediato
Entre 24 e 48 horas após a operação já são introduzidos líquidos em pequena quantidade. Podem ser oferecidos água de coco, chás, suco de lima e água em quantidades que variam de 50 a 100 ml. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir até sentir-se apto a tomar maiores quantidades. 
Período 1 - Dieta líquida: Nos primeiros 15 dias, o paciente deve ingerir exclusivamente líquidos, aproximadamente 100 a 200 ml por refeição. O tipo de líquido deve conter uma quantidade razoável de nutrientes, devendo para isso ser bastante variada. Pode-se tomar chás, leite desnatado, iogurte light, sucos de frutas ou vegetais (cenoura, tomate, beterraba), sopas (de verduras, frango ou carne), mingaus, gelatinas, etc. É importante que a dieta seja fracionada por todo o dia, de forma que não sinta fome entre as refeições, nem sobrecarregue o estômago em uma única tomada. 
Período 2 - Dieta Pastosa – Purê: Esta fase se inicia no 15o dia pós-operatório para a banda, e no 30º para a cirurgia de redução. As refeições com consistência semelhante à de purê devem ser tomadas em pequena quantidade. Sucos e chás devem complementar a alimentação diária, com os líquidos sendo administrados nos intervalos entre as refeições. A quantidade total de líquidos administrados a cada dia deve ser de pelo menos 1500 ml, divididos em várias tomadas - 200 a 300 ml.
Período 3 - Alimentos de fácil mastigação: Refeições de consistência normal já podem ser introduzidas na dieta apos 30 dias. As porções devem, contudo, ser mantidas pequenas, e os líquidos tomados apenas nos intervalos das refeições. 
É extremamente importante mastigar os alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando então podem ser engolidos. As refeições devem ser feitas em 3 a 5 horários diferentes, mantendo-se variantes de baixo teor calórico e alto teor protéico. Devido a sua consistência muito dura deve-se evitar alimentos grelhados e assados, dando-se preferência aos cozidos. 
Período 4 - Comer com calma e mastigar bem os alimentos: Nesta fase cada um pode fazer seu próprio cardápio, dentro dos princípios básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico. Seu início é variável e depende da aceitação do paciente. A mastigação lenta, e a tomada de pequenos bolos a cada vez, É bom lembrar que a saciedade será maior com alimentos sólidos e, como o que pretendemos é diminuir a ingesta para perder peso, as refeições devem basear-se em alimentos "mastigáveis". 
Cabe ainda salientar que o açúcar e o álcool são os grandes inimigos da perda de peso. Para promovermos grandes resultados é importantíssimo que sejam utilizados alimentos sem açúcar, principalmente durante o primeiro ano. Após a fase de adaptação, o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago e a conhecer aqueles alimentos mais toleráveis.

SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO 

Os retornos com o cirurgião são feitos da seguinte maneira:
- Sete (07) dias após a cirurgia para retirar pontos e dreno. Prescrição de medicações como inibidores de bomba de prótons para evitar úlceras e suplementos nutricionais;
- Trinta (30) dias de pós-operatório para aferição de peso, avaliação da evolução da dieta e liberação para exercícios físicos no caso de cirurgia laparoscópica;
- Retornos com 3, 6, 9 e 12 meses no primeiro ano para exames laboratoriais, aferição do peso e de principais queixas, além de reposição de vitaminas e minerais se necessário. Nos retornos de 6 e 12 meses realizamos exames de ecografia abdominal para avaliação de possível colelitíase (pedra na vesícula biliar) e gordura (esteatose) hepática e endoscopia digestiva alta para avaliar o reservatório gástrico (pouch) e a existência ou não de úlcera péptica.
- Retornos semestrais a partir do segundo ano de pós-operatório.

Retorno ao trabalho e atividades habituais:
No caso de cirurgia laparoscópica, o retorno ao trabalho se dá em 15 dias, atividades de academia e exercícios aeróbicos em 30 dias e no caso da cirurgia aberta é dependente de cada paciente, mas sempre com tempo de retorno mais demorado.

Gestação:
É extremamente recomendado que mulheres em idade fértil usem métodos anticoncecpcionais nos primeiros 18 meses após a cirurgia, afim de evitar danos ao seu próprio corpo e ao feto em decorrência de carências vitamínicas e minerais.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Deficiência de vitamina D em obesos e cirurgia bariátrica


A deficiência da vitamina D tem importância fundamental no metabolismo ósseo. Recentemente tem sido descrito a sua associação com doenças não ósseas, como doenças cardiovasculares,câncer, diabetes entre outras (1,2).
A vitamina D tem duas formas bioequivalentes: a vitamina D2 ou ergocalciferol, presente em vegetais e suplementos orais, e a vitamina D3 ou colecalciferol, obtida da exposição da pele ao sol, alimentos fortificados, suplementos orais. 
O conteúdo de vitamina D dos alimentos é baixo (ver quadro 1) e a necessidade diária no adulto varia de 600 a 800UI. Muito pouca vitamina D é detectada em verduras, frutas ou grãos. A vitamina D é absorvida no intestino proximal e medial, num processo dependente dos sais biliares.


Quadro 1. Teor de vitamina d de alguns alimentos (1mcg= 40iu)
• Sardinha fresca (100g): 5.2 mcg
• Manteiga (1 colher): 0.45 mcg
• Leite (1 copo): 0.17 mcg
• ovo de galinha (100g): 0.8 mcg
• Fígado de boi (100g): 1.12 mcg
• iogurte (1 potinho): 1.2 mcg


O cálcio, por outro lado, também é absorvido no intestino delgado e a sua absorção é prejudicada nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, mesmo aqueles com calcemia normal, e a depleção deste íon tem consequências na arquitetura óssea.Clinicamente, a deficiência de vitamina D pode ser assintomática.
Ela tem sido relacionada a um aumento de incidência de quedas e diminuição de força muscular. Nesses casos, ocorre melhora com a suplementação de vitamina D, já que ela age no músculo, facilitando o transporte de cálcio e na célula muscular esquelética, estimulando a síntese protética. 
O diagnóstico da deficiência da vitamina D é no soro, com dosagem da 25(OH) vitamina D ou 25(OH)D. Cerca de 40% da 25(OH) vitamina D é derivada da conversão da pele. Alguns laboratórios conseguem dosar
25(OH)D2 e 25(OH)D3, o que pode auxiliar na monitorização do tratamento. Outras dosagens que auxiliam no diagnóstico são: a baixa calciúria, a elevação de paratormônio, a elevação da fosfatase alcalina e a baixa de cálcio e fósforo. A determinação da 1,25(OH)D é desnecessária, exceto em casos especiais com disfunção renal, pois quando existe baixa de vitamina D e elevação do PTH, ela tende a ser normal. (3)Laboratorialmente, os níveis normais de 25(OH) vitamina D são de 30 a 80 ng/mL. Quando os níveis estão abaixo de 30 e maiores que 20ng/mL denomina-se insuficiência de vitamina D; abaixo de
20ng/mL , deficiência.
A deficiência de vitamina D em pacientes obesos de pré-operatório de cirurgia bariátrica varia de 54 a 80%, e a elevação de PTH (paratormônio) ocorre em 25 a 48% (4,7). Essa deficiência pode estar relacionada à ingestão inadequada, limitada exposição solar e diminuição da bioabilidade devido sequestração pelo excesso de tecido adiposo. Os receptores de vitamina D são altamente expressos nos adipócitos e são responsáveis pela ativação da 1,25-(OH)D. A vitamina D é solúvel na gordura e é estocada no tecido adiposo. 
Estudos têm demonstrado que a quantidade de gordura corporal e o índice de massa corpórea são inversamente correlacionados com as concentrações de 25(OH) D, especialmente em calcasianos. Os estudos atuais mostram ligação da vitamina D com a síntese e secreção de insulina, aumento da lipogênese e diminuição da lipólise (2).
Houve aumento muito grande do número de cirurgias bariátricas na última década em todo o mundo. 
Isto se deve a acentuada e durável perda de peso, de cerca de 60% na maioria dos pacientes, aliado a melhora ou regressão das co-morbidades, incluindo diabetes, dislipidemia, hipertensão e apneia de sono.

Os procedimentos cirúrgicos bariátricos são classificados em obstrutivos, restritivos e mistos. O procedimento mais utilizado atualmente é a gastroplastia com derivação gastro-jejunal (90% das cirurgias), que é um procedimento do tipo misto, ou seja, obstrutivo e restritivo e que leva a distúrbios nutricionais menores que as cirurgias restritivas mais disabsortivas (1).

Por outro lado, tem crescido a preocupação com os distúrbios nutricionais que tem surgido no pós-operatório em longo prazo. Um deles, é ao nível do esqueleto, acelerando a perda óssea e aumentando a fragilidade óssea. Osteoporose e osteomalácia podem ocorrer em pacientes que perdem muito peso, independente mesmo de cirurgia bariátrica, com perda de massa óssea no colo de fêmur e coluna lombar (1). 
A maioria dos estudos que avalia a perda óssea utiliza como padrão a densidade mineral óssea obtida pela densitometria, e mostra que mesmo a perda de 10% do peso corpóreo já leva ao aumento da perda óssea em 1% a 2 %. Os estudos epidemiológicos sugerem que a perda óssea é maior no fêmur que na coluna. Os resultados dos estudos de densitometria óssea em obesos são controversos, decorrente da heterogeneidade dos estudos quanto à idade dos pacientes, classe de obesidade, número de pacientes nos estudos, estado menopausal, mudança de atividade física e uso de suplementos alimentares pós-cirurgia. Após a cirurgia bariátrica ocorre melhora da densidade óssea e os estudos retrospectivos e prospectivos tem resultados 
discordantes, por variações metodológicas (1).
Em um estudo com 123 obesos submetidos à cirurgia bariátrica que foram avaliados quanto à vitamina D e PTH antes e após um ano da cirurgia, observou-se deficiência de vitamina D em 86% dos pacientes antes e 70% após a cirurgia. O hiperparatiroidismo (PTH > 62pg/mL) foi observado em um terço dos pacientes.

Interessante é que eles foram tratados profilaticamente com vitamina D, na dose de 1.200 a 2.000UI, e cálcio, na dose de 1,2 a 1,5g por dia, no pós-operatório, mesmo sem terem deficiência de vitamina D ou cálcio, o que mostra que estas alterações são realmente comuns (4).

Em uma revisão foi sugerido que em pacientes submetidos a procedimentos de cirurgia bariátrica seja administrada vitamina D na dose de 50.000UI/ semana, ou de vitamina D2 ou D3 durante dois ou três meses, ou 50.000UI três vezes por semana, durante um mês e depois diminuir a dose, conforme parâmetros bioquímicos. A vitamina D3 atinge pico maior que D2, mas em indivíduos vegetarianos prefere-se a vitamina D2 (5). 
A normalização pré-operatória dos níveis de cálcio, PTH e vitamina D, bem como pós-operatoriamente, é importante para prevenir a perda óssea, embora não haja diretrizes específicas sobre o assunto. A dose ideal de vitamina D nesses pacientes é difícil de determinar porque pode haver má absorção associada (6).
Um estudo mostrou que em 15 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica houve redução da absorção do colecalciferol (vitamina D3) em 25%. As necessidades pós-cirurgia variaram de 25 a 50mil IU para manter a 25(OH) vitamina D entre 50 e 100nmol/l. Ou seja, estimou-se uma dose de quatro a oito vezes maior do que a suplementação de um 
individuo normal (6)
O uso do cálcio concomitante, cerca de 1,5 a 2g/dia, é interessante, uma vez que os pacientes submetidos a cirurgia, mesmo com calcemia normal, podem ter depleção deste íon com consequências na arquitetura óssea (3).
O seguimento deve começar quatro semanas após a cirurgia bariátrica, com retorno a cada três ou quatro meses e densitometria anual. A toxidade pelo uso da vitamina D é muito rara, descrita em indivíduos em uso de 10mil UI/dia ou mais, mas pode ocorrer. O ajuste da dose terapêutica ideal é feita monitorizando a 25(OH) D, calcemia, calciúria, sinais de hipercalcemia (náuseas, obstipação) e hipercalciúria (poliúria, litíase renal) (7). 
O consenso do International Osteoporosis Foundation sugere que o nível da 25(OH) vitamina D deva ser mantido em torno de 30ng/ml e que sejam suplementadas doses de até mesmo 2000UI em pacientes idosos e de risco de fraturas (8).
Concluindo, pacientes obesos requerem especial atenção em relação ao metabolismo ósseo, especialmente no pré e pós-operatório de cirurgia bariátrica. 
Monitorizar os níveis de vitamina D, bem como cálcio e PTH e fazer reposição adequada quando necessário, evitando assim consequências em longo prazo no osso e na qualidade de vida do obeso. 

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1. Scibora LM & ikramuddin S & Buchwald h & Petit Ma Examining the Link Between Bariatric Surgery, Bone 
Loss, and osteoporosis: a review of Bone density Studies. obes Surg (2012) 22:654–667, 2012.
2. rosen Cj, adams jS, Bikle dd, Black dM, demay MB, Manson jE, Murad Mh, and Kovacs CS. The nonskeletal 
Effects of vitamin d: an Endocrine Society Scientific tatement. Endocrine reviews 33(3):456–492, 2012.
3. Kennel Ka, drake MT, hurley dL. vitamin d deficiency in adults: when to test and how to treat. Mayo Clinic Proc 
85(8):752-7, 2010.
4. Signori C, Zalesin KC, Franklin B , Miller WL & Peter a. MacCullough. Effect of Gastric Bypass on vitamin d and Secondary hyperparathyroidism. obes Surg 20:949–952, 2010
5. Williams SE et al. Perioperative management of bariatric surgery patients: Focus on metabolic bone disease. Cleveland Clinic journal of Medicine 75 : 333-349, 2008
6. aarts E, van Groningen L, horst r, Telting d, van Sorge a, janssen i, de Boer h. vitamin d absorption: consequences ofgastric bypass surgery. Eur j Endocrinol 
164 :827-832 , 2011
7. rosen Cj. vitamin d insufficiency. n Engl j Med 364:248-254, 2011
8. dawson-hughes B, Mithal a, Bonjour j-P, et al. ioF position statement: vitamin d recommendations for older adults. osteoporos int 21:1151-1154, 2010


Redução de estômago pode ocasionar problemas dentários e de alcoolismo.


Alguns pacientes submetidos à cirurgia de redução do estômago apresentam, após cinco anos ou mais, um considerável novo ganho de peso. Além disso, outros distúrbios também estão sendo observados no mesmo período após a operação, entre eles o alcoolismo, anorexia, bulimia, bruxismo, aumento excessivo de cáries e dentes quebradiços.

As informações vêm sendo obtidas e interpretadas por um grupo de estudo multidisciplinar do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP. O objetivo do estudo, ainda em andamento, é demonstrar que só a cirurgia, que é feita no hospital há nove anos, não basta para o sucesso do tratamento utilizado para a diminuição drástica do peso.

Segundo a psicóloga Marlene Monteiro da Silva, de um grupo de pacientes operados pela técnica Fobi-Capella entre cinco e nove anos atrás, 13% voltou a um estado de obesidade mórbida, com um índice de massa corpórea (IMC) superior a 40. O IMC é obtido dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado. No total, 64,15% voltou a ser obeso, com um IMC maior que 30.

Após a cirurgia, espera-se que o paciente emagreça a quantidade almejada e, depois, engorde dez quilos novamente. Porém, entre os 53 pacientes pesquisados, 58,5% ganhou mais que dez quilos, 39,6% mais de vinte quilos e 13,2% engordou mais de trinta quilos. Somente 7,84% dos pacientes mantiveram o peso ideal ou emagreceram demasiadamente (nos casos de bulimia e anorexia).

"Trata-se de resultados brutos e ainda não foram feitos estudos estatísticos. Os dados não foram correlacionados com as questões orgânicas e a integridade da cirurgia. Mas não deixa de ser um alerta a pacientes e médicos: a cirurgia não deve ser entendida como uma fórmula mágica", explica Marlene.

Compulsão

De acordo com o médico e coordenador do grupo, Bruno Zilberstein, o estudo pretende mostrar que a operação não é o fim do tratamento. "Esses pacientes podem substituir uma compulsão por outra. O segredo para o sucesso é o acompanhamento", explica.

Para Marlene, o caso do alcoolismo, observado em 18% dos mesmos 53 pacientes estudados, é um dos exemplos da troca de compulsão. As pessoas começam a aproveitar o benefício social do emagrecimento - diferentemente da condição anterior, na qual elas não saíam de casa - passando, assim, a beber excessivamente.

"A obesidade, porém, é um sintoma de problemas anteriores a isso. Existe, no obeso, a necessidade de se esconder de alguma coisa que vai ser descoberta somente após a cirurgia", conta a psicóloga, acrescentando que perto de 80% das pessoas apresentam um quadro de depressão tanto antes quanto depois da cirurgia.

"A pessoa passa a comer menos porque o estômago não admite maior volume de alimento, e não porque tenha deixado voluntariamente o hábito de comer em grandes quantidades", observa o médico Joel Faintuch. Os retrocessos na perda de peso, segundo ele, vêm também pelo fato de o estômago operado ainda ter a capacidade de se dilatar, "podendo ampliar seu volume em até quatro vezes".

Problemas bucais

Os dados a respeito de distúrbios odontológicos são inéditos e mostram que metade dos pacientes retornou ao médico com alguma queixa. Cerca de 80% estava com os dentes quebradiços e 60% apresentava um aumento no número de cáries. Esses problemas foram observados tanto em pacientes vindos do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de planos de saúde particulares, o que mostra que a situação está pouco ligada à classe socioeconômica dos pacientes

Segundo a dentista Vera Lúcia Kogler, os motivos exatos desses problemas ainda estão sendo estudados. "Porém, isto pode estar relacionado com um problema na absorção de nutrientes já observado; com refluxos gastro-esofágicos; com um ressecamento da boca, fruto da medicação administrada ou ainda com vômitos".

A cirurgia de redução de estômago é um dos principais temas do 32º Gastrão, evento que conta com a participação de cerca de mil médicos especialistas em cirurgia do aparelho digestivo. No evento, que começou nesta segunda (dia 4) e vai até sexta (8), no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, haverá conferências, mesas-redondas e transmissão de cirurgias ao vivo.

Fonte: Agência USP

Aqui vão 17 dúvidas respondidas por médicos sobre Redução de Estômago!!! ( os créditos estarão designados abaixo do texto)



 Cirurgia bariátrica não é procedimento estético, alertam médicos
Cada vez mais popular entre os tratamentos para a obesidade, o procedimento ainda é cercado de dúvidas, especialmente de parte dos pacientes. OiG Saúde reuniu as dúvidas mais comuns nos consultórios dos especialistas em obesidade no País e pediu a três profissionais que respondessem a essas questões.

1 – A cirurgia bariátrica é reversível?
Apenas a gastrectomia vertical (em que um pedaço do estomago retirado) e o duodenal switch, onde uma das etapas da cirurgia é a gastrectomia vertical, não são reversíveis. As demais técnicas podem ser revertidas. No entanto, a reversão é extremamente complicada, oferece mais riscos do que a cirurgia em si e realmente só é feita em casos extremos, como em pacientes comcâncer ou com aids. Se o paciente está com peso normal estável e as doenças estão controladas não há razão para desfazer o procedimento.

2 – Vou poder comer como antes, mas sem engordar?
Não. Nenhum procedimento faz milagre. As cirurgias prescindem de reeducação e manutenção alimentar e física para que os resultados sejam efetivos. O paciente precisar ter em mente que a cirurgia é apenas o início de uma mudança de vida, que inclui comer corretamente, de forma mais saudável, incluindo no cardápio frutas, verduras, legumes, carnes, pães integrais, sucos. O paciente poderá comer de forma mais comedida e com mais frequência, de 3 em 3 horas, deixando as guloseimas para ocasiões especiais.

3 – Como ter certeza de que a técnica é regulamentada?
No Brasil existem hoje quatro técnicas regulamentadas pela Resolução nº 1.942/2010 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe ( http://saude.ig.com.br/minhasaude/como+e+feita+a+reducao+de+estomago/n1596826920165.html ). Os demais procedimentos e técnicas cirúrgicas para o controle da obesidade não apresentam indicação atual de utilização ou ainda estão em fase de estudos.

4 – Qual o perigo de me submeter a técnicas não regulamentadas?
Profissionais que praticam técnicas não aprovadas pelo CFM estão atuando fora da legislação brasileira e expondo seus pacientes a riscos desnecessários de complicações e morte. Para uma técnica ser aceita, ela precisa ser comprovada por anos de pesquisa clínica e ter perfis de segurança e eficácia aceitáveis, passando pelo crivo dos órgãos regulatórios de saúde de cada país. Prometer soluções mágicas do tipo “coma tudo o que quiser e não engorde” é, no mínimo, mentiroso e antiético.

5 – Quais as chances de ganho de peso posterior? Em quanto tempo isso é observado?
Até dois anos após a cirurgia, o paciente ainda está perdendo peso. A partir do momento que esse processo se estabiliza, é possível haver algum ganho, caso o paciente “baixe a guarda” e não se esforce para manter o peso. Esforço significa manter uma dieta balanceada e atividades físicas, o que é recomendado para os operados ou não. A cirurgia é apenas o primeiro passo rumo a uma nova vida e é preciso abandonar antigos costumes nocivos e adotar uma forma de vida mais saudável, que inclui dieta equilibrada e a prática de exercícios.
O principal fator para ganho de peso posterior é a não adesão ao tratamento, que não se resume apenas às cirurgias bariátricas. O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, com médico, nutricionista, psicólogo e educador físico, já que o paciente deverá a aprender a viver de uma maneira diferente.

6 – Como escolher um bom cirurgião bariátrico?
Ao tomar a decisão, procure profissionais habilitados com experiência comprovada na área, evitando aqueles que prometem soluções milagrosas ou que pratiquem técnicas não aprovadas pelo CFM. Nosite da SBCBM consta a relação de todos os cirurgiões associados, que, obrigatoriamente, passam por programas de atualização e revisão científica.

7 – A mulher que passa por uma cirurgia de estômago pode engravidar? Ela deve ter algum cuidado extra nesse período?
Recomenda-se que a mulher aguarde 18 meses depois da cirurgia para engravidar, assim o organismo estará mais adaptado. É importante ter um acompanhamento médico e nutricional durante toda a gravidez , para evitar a carência de vitaminas essenciais para o bebê. Se for o caso, o médico pode indicar uma suplementação oral ou injetável. O pré-natal deve ser acompanhado pelo nutricionista, cirurgião e obstetra.

8 – O paciente que vai se submeter à cirurgia deve parar de fumar e de beber? Por quanto tempo? Quanto tempo depois da cirurgia ele pode voltar a fumar e ingerir bebidas alcoólicas?
Quem faz uso destas substâncias têm um risco maior para complicações em qualquer procedimento. Portanto, o ideal é que pare de fumar e de beber. Além de todos os riscos, a nicotina prejudica a cicatrização da pele, o que pode levar à infecção. As bebidas alcoólicas são agressores das mucosas do estômago e do intestino e reduzem a absorção de alguns nutrientes, por isso devem ser evitadas, sobretudo nos primeiros 6 meses, quando ocorre uma readaptação do trato gastrointestinal. O álcool é absorvido muito rapidamente após a cirurgia e cai na circulação sanguínea podendo levar à embriaguez mesmo com pequenas quantidades.

9 – O que é o dumping? Todo operado tem?
Todo operado está sujeito a ter a síndrome de dumping. O consumo de alimentos calóricos doces (pudins, sorvetes, milk-shake, leite condensado, sucos com açúcar, refrigerantes) e gordurosos pode causá-la. O Dumping acontece quando, depois de beber ou comer, o paciente apresenta taquicardia, sudorese, tontura, queda da pressão arterial e diarreia. Qualquer combinação destes sintomas pode ocorrer em intensidades variadas, dependendo do que a pessoa comeu. Alimentos ricos em açúcares e gorduras, em excesso, não devem fazer parte do cardápio de ninguém, operado ou não.

10 – Alguns pacientes operados relatam queda de cabelo intensa e unhas quebradiças, entre outros sintomas. Porque eles ocorrem?
Queda de cabelo e unhas quebradiças são sintomas comuns durante qualquer processo de emagrecimento, seja por cirurgia, dieta ou em decorrência de doenças que "consomem" a pessoa (como o câncer, por exemplo). No caso do paciente bariátrico, esses sintomas não devem persistir por mais de quatro meses.

Se não houver acompanhamento com a equipe multidisciplinar, o paciente pode apresentar déficit de vitaminas e proteínas, o que pode levar a estes sintomas. Nesses casos, é preciso rever a alimentação com o nutricionista e, se necessário, iniciar suplementação vitamínica oral ou injetável.

11 – Quais as possíveis complicações durante e após a cirurgia?
Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais, por isso a bariátrica deve ser feita em um hospital com estrutura adequada. Nas cirurgias disabsortivas é comum haver falta de nutrientes devido à baixa ingestão de alimentos e é necessária a suplementação vitamínica. Mais raramente, a cirurgia bariátrica pode gerar complicações como infecção, tromboembolismo (entupimento de vaso sanguíneo), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento do grampo), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia.

12 – O efeito da pílula anticoncepcional após a cirurgia pode ser reduzido?
Nas cirurgias restritivas não há problemas, mas nas cirurgias que privilegiam a mal-absorção, pode ser que a pílula anticoncepcional tenha eficácia reduzida. Em muitos casos, recomenda-se a utilização de dois métodos anticoncepcionais concomitantamente, mas essa é uma avaliação que deve ser feita caso a caso pelo ginecologista.

13 – É necessário fazer complementação de vitaminas? Por quanto tempo?
O paciente submetido a cirurgia bariátrica deverá ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar por toda a vida. Ele deverá realizar exames sempre e a reposição poderá ou não ser realizada. No entanto, se o paciente conseguir manter uma alimentação adequada, rica em carnes magras, verduras, legumes, frutas e massas integrais, a suplementação vitamínica não é necessária.

Contudo, com o estilo de vida moderno, nem sempre isso é possível, então os suplementos vitamínicos entram como aliados para combater os sinais da falta de nutrientes (fraqueza, queda de cabelo, unhas quebradiças, dor de cabeça). Em alguns casos, a suplementação pode ser para a vida toda.

14 – Depois da operação, terei que fazer exercícios físicos?
Sim, sempre. Os exercícios físicos fazem parte do tratamento da obesidade, independente da técnica utilizada. Os benefícios do exercício são ainda maiores para os operados: aceleração do processo de emagrecimento, ganho de massa magra (músculo), redução da flacidez, melhora do condicionamento físico, melhora do desempenho cardiorrespiratório, fortalecimento dos ossos e ganho de disposição.

16 - Alguma técnica permite comer mais do que outra?
Em todos os procedimentos, o paciente deve se habituar a comer pequenas quantidades, várias vezes ao dia. As cirurgias disabsortivas, como o Scopinaro e o Duodenal Switch, permitem que o paciente tenha uma capacidade maior de alimentação. Em contrapartida apresentam efeitos colaterais sérios como o aumento da frequência evacuatória e a urgência evacuatória.

17 - Quanto tempo dura o processo de emagrecimento? Há risco de emagrecer demais?
Perde-se peso mais rapidamente no primeiro e no segundo ano após a cirurgia, mas a velocidade do emagrecimento vai diminuindo até estacionar, geralmente por volta do segundo ano. Todo ser humano tem um peso ideal em torno do qual o corpo tende a se estabilizar, ainda que pequenas variações para mais ou para menos sejam comuns ao longo dos anos.

Fontes consultadas: Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátria e Metabólica (SBCBM); Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso); Hercio Azevedo Cunha, professor de gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), e membro da SBCBM.

Força na Peruca!!!

Beijos, Com Carinho,

Waldileia Leandra

Mais informações da cirurgia .


Benefícios Cirurgia

95% do paciente operados referem satisfação e melhora da qualidade de vida;
Controle e cura do Diabetes mellitus tipo 2 em 90% dos casos;
Melhora da hipertensão e dislipidemia (colesterol);
Redução dos riscos de infarto (IAM) e derrames (AVC);
Melhora ou cura de outras doenças como tireoidopatia, trombose venosa, embolias, doença do refluxo gastro-esofageano, incontinência urinária de esforço, problemas ósteo-articulares, roncopatia, apnéia do sono, esteatose hepática;
Melhora da auto-estima.


Reganho de Peso

Existe a possibilidade de voltar a ganhar peso depois da cirurgia. Isso ocorre com cerca de 10% dos pacientes submetidos ao bypass gástrico (redução do estômado). 

Geralmente é devido aos maus-hábitos alimentares do paciente com ingestão abusiva de doces, álcool, falta de exercícios físicos e compulsão alimentar mal tratada ou não diagnosticada no pré-operatório. 

Caso isso ocorra, torna-se necessário o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, nutricional e com o cirurgião bariátrico. Se necessário, podemos realizar uma cirurgia mais disabsortiva ao nível do intestino que se chama “Scopinarização”, que pode ser feito inclusive por laparoscopia.


Dieta Pós-Operatória
 
Durante o primeiro mês o paciente deve passar por dieta líquida, seguida de dieta pastosa, conforme orientação da Nutricionista. O uso de alimentos sólidos precocemente pode forçar os pontos que são dados no estômago, fazendo com que estes se rompam, aumentando o tamanho do reservatório gástrico, ou até vazamentos do estômago, predispondo complicações graves ou dificultando a perda de peso.


MODELO DE ROTINA ALIMENTAR

Pós-operatório imediato
Entre 24 e 48 horas após a operação já são introduzidos líquidos em pequena quantidade. Podem ser oferecidos água de coco, chás, suco de lima e água em quantidades que variam de 50 a 100 ml. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir até sentir-se apto a tomar maiores quantidades. 
Período 1 - Dieta líquida: Nos primeiros 15 dias, o paciente deve ingerir exclusivamente líquidos, aproximadamente 100 a 200 ml por refeição. O tipo de líquido deve conter uma quantidade razoável de nutrientes, devendo para isso ser bastante variada. Pode-se tomar chás, leite desnatado, iogurte light, sucos de frutas ou vegetais (cenoura, tomate, beterraba), sopas (de verduras, frango ou carne), mingaus, gelatinas, etc. É importante que a dieta seja fracionada por todo o dia, de forma que não sinta fome entre as refeições, nem sobrecarregue o estômago em uma única tomada. 
Período 2 - Dieta Pastosa – Purê: Esta fase se inicia no 15o dia pós-operatório para a banda, e no 30º para a cirurgia de redução. As refeições com consistência semelhante à de purê devem ser tomadas em pequena quantidade. Sucos e chás devem complementar a alimentação diária, com os líquidos sendo administrados nos intervalos entre as refeições. A quantidade total de líquidos administrados a cada dia deve ser de pelo menos 1500 ml, divididos em várias tomadas - 200 a 300 ml.
Período 3 - Alimentos de fácil mastigação: Refeições de consistência normal já podem ser introduzidas na dieta apos 30 dias. As porções devem, contudo, ser mantidas pequenas, e os líquidos tomados apenas nos intervalos das refeições. 
É extremamente importante mastigar os alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando então podem ser engolidos. As refeições devem ser feitas em 3 a 5 horários diferentes, mantendo-se variantes de baixo teor calórico e alto teor protéico. Devido a sua consistência muito dura deve-se evitar alimentos grelhados e assados, dando-se preferência aos cozidos. 
Período 4 - Comer com calma e mastigar bem os alimentos: Nesta fase cada um pode fazer seu próprio cardápio, dentro dos princípios básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico. Seu início é variável e depende da aceitação do paciente. A mastigação lenta, e a tomada de pequenos bolos a cada vez, É bom lembrar que a saciedade será maior com alimentos sólidos e, como o que pretendemos é diminuir a ingesta para perder peso, as refeições devem basear-se em alimentos "mastigáveis". 
Cabe ainda salientar que o açúcar e o álcool são os grandes inimigos da perda de peso. Para promovermos grandes resultados é importantíssimo que sejam utilizados alimentos sem açúcar, principalmente durante o primeiro ano. Após a fase de adaptação, o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago e a conhecer aqueles alimentos mais toleráveis.

SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO 

Os retornos com o cirurgião são feitos da seguinte maneira:
- Sete (07) dias após a cirurgia para retirar pontos e dreno. Prescrição de medicações como inibidores de bomba de prótons para evitar úlceras e suplementos nutricionais;
- Trinta (30) dias de pós-operatório para aferição de peso, avaliação da evolução da dieta e liberação para exercícios físicos no caso de cirurgia laparoscópica;
- Retornos com 3, 6, 9 e 12 meses no primeiro ano para exames laboratoriais, aferição do peso e de principais queixas, além de reposição de vitaminas e minerais se necessário. Nos retornos de 6 e 12 meses realizamos exames de ecografia abdominal para avaliação de possível colelitíase (pedra na vesícula biliar) e gordura (esteatose) hepática e endoscopia digestiva alta para avaliar o reservatório gástrico (pouch) e a existência ou não de úlcera péptica.
- Retornos semestrais a partir do segundo ano de pós-operatório.

Retorno ao trabalho e atividades habituais:
No caso de cirurgia laparoscópica, o retorno ao trabalho se dá em 15 dias, atividades de academia e exercícios aeróbicos em 30 dias e no caso da cirurgia aberta é dependente de cada paciente, mas sempre com tempo de retorno mais demorado.

Gestação:
É extremamente recomendado que mulheres em idade fértil usem métodos anticoncepcionais nos primeiros 18 meses após a cirurgia, afim de evitar danos ao seu próprio corpo e ao feto em decorrência de carências vitamínicas e minerais.

Potenciais Complicações
 
Como todo procedimento cirúrgico, a cirurgia de obesidade PODE apresentar riscos. Essas complicações são muito menos freqüentes nos dias de hoje devido à melhoria dos instrumentais cirúrgicos e dos grampeadores, melhoria das habilidades técnicas do cirurgião, equipe multidisciplinar mais engajada e experiente, além do melhor preparo do paciente no pré-operatório. Mesmo assim, complicações podem ocorrer. A seguir listamos as principais:

Atelectasia do pulmão e pneumonia;
Trombose venosa profunda;
Embolia pulmonar;
Hemorragias;
Hérnias incisionais e internas;
Infecção de ferida operatória;
Úlceras e estenoses da anastomose do estômago com o intestino;
Fístulas das anastomoses;
Anemias;
Desnutrição;
Perda de peso insuficiente;
Diarréia e evacuações com gases fétidos;
Pedras na vesícula biliar;
Todas essas complicações ocorrem em uma incidência MUITO PEQUENA, mas devem ser sempre esclarecidas para o paciente e seus familiares.

Beijoss

Waldileia Leandra

Minha nova fase.

Bom dia!!!

Esse blog como sei que pouca gente vê vai ser como meu diário da nova fase que está se iniciando no inicio do Mês de Abril decidi fazer a cirurgia Bariátrica porque com meu peso 114 kg nossa que tristeza que me deu quando subi naquela balança esse foi o ponto de partida para marcar uma consulta com o Dr Roberto Marziale cirurgião do Aparelho Digestivo e ele efetuou o calculo de IMC deu 44 nossa foi terrível doeu no fundo da alma ouvir o Médico falar que estava apta a efetuar a operação de redução de estomago que não precisava engordar mais e  uma serie de pergunta como - Você fuma ? Você bebe? Você tem  diabetes? Você tem hipertensão ? Você toma algum medicamento ? , ele me entregou 5 guias e falou passa por esses médicos Psicologo, Endocrinologista,Cardiologista,Nutricionista e Pneumologista na hora que você me trouxer as autorização desses médicos e mais os exames que vou pedir( foi mais um monte de exames  endoscopia,raio x, ultrassom do figado. vários exames de sangue ) marcamos a cirurgia.
Já cheguei na empresa onde trabalho peguei o telefone das especialidades e marquei os médicos nossa como é difícil marcar médicos e aguardar as consulta enquanto você fica ansiosa  aguardando as datas.
O primeiro foi o o Cardiologista: Dr Marcos da Clinica PULSAR Centro de atendimento Cardiológico me examinou expliquei o motivo que estava ali entreguei a carta do Dr Roberto Marziale uma serie de pergunta como - Você fuma ? Você bebe? Você tem  diabetes? Você tem hipertensão ? Você toma algum medicamento ?  e ele já pediu 4 exames dois será feito dia 07/05 e o de Holter e Mapa será efetuado dia 10/05 vamos aguardar super ansiosa.
O segundo foi a Endocrinologista Dr Mariana da FEA mesmo procedimento entreguei a carta do Dr Roberto Marziale e expliquei ela fez uma serie de pergunta como - Você fuma ? Você bebe? Você tem  diabetes? Você tem hipertensão ? Você toma algum medicamento ? E já me pediu também vários exames de sangue que estou aguardando para marcar porque estou aguardando passar pelos outros médicos para efetuar tudo juntos porque tirar sangue é doe muitooooooo e vou tirar de uma vez só.
Agora tenho médico Dr Deiva Nutricionista e o Pneumologista essa semana vamos aguardar e ver os pedidos de exames que vai ser feito e no dia 24/05 é o Psicologo vamos aguardar próximos exames próximos médicos estou super ansiosa para pegar todas autorização para marcar a cirurgia  Meu DEUS eu quero muitoooooooo essa cirurgia!
Depois das consultas passei a ler muito sobre a cirurgia sobre os exames que foi pedido pré operatório leio todos os dias sobre o assunto para quando eu for no medico eu já saiba não fique preocupada.
Entrei no site http://www.gastrocirurgia.com/ que ameiii mesmo e li muito releio o site segue abaixo a lista de alguns exames

Preparo Pré-Operatório


Exames laboratoriais:
•    Hemograma
•    Eletrólitos 
•    Coagulograma
•    Glicemia
•    Perfil lipídico
•    Enzimas hepáticas
•    Uréia e Creatinina
•    Insulinemia 
•    Cortisol
•    Ácido úrico
•    Albumina
•    Ácido fólico
•    Vitamina B12
•    Ferro
•    Ferritina
•    TSH
•    T4 livre
•    PTH
•    25 (OH) vitamina D3
•    Cálcio urinário 24 horas
•    Sorologias para hepatite B,C e HIV
•    HCG para mulheres em idade fértil.

Exames complementares:
•    Eletrocardiograma
•    Radiografia de Tórax
•    Ecografia Abdominal
•    Endoscopia Digestiva Alta (com pesquisa de Helicobacter pylori).


E o tipo de cirurgia que vou fazer:


Bypass Gástrico ou Cirurgia de Capella (Redução do Estômago)

É um procedimento misto, ou seja, combina a restrição alimentar com a disabsorção intestinal. É conhecida tecnicamente como cirurgia de Fobi-Capella.
É realizado o grampeamento do estômago criando um reservatório de aproximadamente 50 ml e o desvio de cerca de 2 metros do intestino delgado (fino).
Ocorre a restrição da quantidade de alimento que o paciente pode ingerir e também o retardo da mistura desse alimento com os sucos digestivos (bile e suco pancreático) para evitar a absorção calórica completa.
Essa cirurgia é o procedimento de escolha e padrão para a perda de peso, além de ser o mais realizado atualmente.

Vantagens:
Perda de peso adequada e duradoura na maioria dos pacientes;
Melhora de cerca de 96% das doenças associadas à obesidade como hipertensão arterial, diabetes tipo II (84%), apnéia do sono (ronco), dor nas costas e pernas (artropatias), dislipidemia (colesterol e triglicerídeos) e da depressão;
Após 1 ano da cirurgia, os pacientes perdem em média 35-40% do seu peso.




Todos os dias que tiver novidades e angustia vou escrever aqui por hoje somente isso, no próximo post vou escrever oque a minha família pensa sobre a cirurgia e vou ver se crio coragem de postar uma foto minha de corpo.Pesso que todos Orem reze por mim!!!

Beijos


Waldileia Leandra.