terça-feira, 7 de maio de 2013

Avaliação Nutricional


A adequada avaliação nutricional é fundamental para o sucesso da cirurgia. Segue abaixo informações a respeito da avaliação e dieta elabora pela Dra. Fárida.

PREPARO NUTRICIONAL PRÉ-OPERATÓRIO

Avaliação Nutricional
Suplementação Nutricional
Dieta de Desintoxicação

1. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
O acompanhamento nutricional que se inicia no pré-operatório tem como objetivo a avaliação clínica, antropométrica, bioquímica e dietética do paciente, visando o preparo e liberação do paciente para a cirurgia, quando o mesmo se apresenta apto para o procedimento. Neste momento que antecede a cirurgia o Nutricionista tem como finalidade abordar princípios básicos da Nutrição, ensinar comportamentos magros, iniciar a intervenção nutricional sugerindo mudanças alimentares imediatas que promovam implantação de hábitos saudáveis, como planejamento e fracionamento alimentar, exercício de mastigação correta, bem-estar, desintoxicação orgânica e perda de peso, ou seja, ajudar a criar um estilo de vida saudável que sustente o emagrecimento e as mudanças que a cirurgia vai causar.Entre algumas mudanças alimentares necessárias nesta fase então:

Fazer o café da manhã regularmente, de preferência em casa, pois possibilita as escolhas saudáveis;
Consumir leite de vaca e derivados magros (leite desnatado, iogurte desnatado ou light, queijos magros como ricota, minas light, cottage e requeijão light);
Excluir açúcar e se necessário utilizar adoçantes naturais à base de estévia ou sucralose;
Evitar ao máximo ingerir alimentos contendo farinhas brancas (pão francês e bolachas de todos os tipos), massas, macarrão instantâneo e produtos de padaria;
Usar pães integrais, rico em grãos e fibras;
Iniciar o fracionamento das refeições: consumir ao menos uma fruta no meio da manhã outra no meio da tarde (10h e 15h);
Optar por lanches da tarde com iogurtes, barra de cereal ou de frutas, frutas secas, castanhas, salada de frutas com aveia ou granola;
Substituir frituras, empanados, à milanesa (carnes, peixe, frango, batata, mandioca, bolinhos) por pratos cozidos, assados, ensopados ou grelhados;
Diminuir a quantidade de líquido que ingere com as refeições até chegar no máximo a 100 ml (meio copo) ou nada. Preferir água, limonada, suco de maracujá com adoçante natural; eliminar o hábito de sucos artificiais ou refrigerantes (mesmo light);
Evitar fazer “café da tarde” e consumir bolachas, mesmo salgadas, pois é um hábito ruim que engorda e atrapalha o emagrecimento;
Jantar mais cedo e comer igual ao almoço, é o mais saudável!
Reduzir o consumo de guloseimas, aprendendo a negociar e adiar as vontades alimentares. Escolher um dia da semana fixo para comer uma das guloseimas que teve vontade durante a semana faz parte do comportamento magro!
Mastigar corretamente (veja a seguir as dicas).

MASTIGAÇÃO CORRETA.

Ideal é demorar no mínimo 20 minutos para comer uma refeição equilibrada e corretamente quantificada.Não existe boa digestão e absorção de nutrientes sem uma mastigação adequada. É importante prestar atenção enquanto mastiga, sentir o alimento na boca, a temperatura, a textura, os sabores e todos os prazeres que ele pode oferecer somente enquanto está na boca.Veja abaixo os passos para o sucesso:

Utilizar prato de sobremesa e garfo de sobremesa ou prato e talheres de criança para se alimentar no almoço e jantar, a fim de visualizar uma menor porção de comida no prato e também reduzir a quantidade de alimento que se leva à boca;
Colocar pouco alimento na boca e descansar os talheres enquanto mastiga; Mastigar com atenção e só engolir o alimento completamente triturado;
Parar de comer no momento que estiver satisfeito e na próxima vez lembrar-se de colocar menos comida no prato;
Lembrar que o prazer mora na boca, depois de engolir não sentimos mais nada, por este motivo devemos prolongar este prazer ao máximo!!!
2. SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL

Na prática clínica é comum encontrarmos pacientes obesos desnutridos. A falta de nutrientes nos obesos está ligada a erros alimentares diários, consumo de alimentos com calorias vazias (fast foods, gorduras trans, alimentos industrializados), tentativas frustradas de emagrecer utilizando-se de dietas da moda ou de muito baixa caloria, utilização de medicações para emagrecer e presença de gastrite, úlceras e infecção por bactéria no estômago impedindo a absorção adequada de nutrientes. A gordura corporal também colabora para deficiência de vitamina D. A falta de Ferro, vitamina B12, Zinco e ácido fólico proporcionam risco à saúde, por isso o ideal é que a suplementação seja iniciada antes da cirurgia, visando:

Corrigir desequilíbrios nutricionais;
Evitar desnutrição precoce após cirurgia;
Estimular as defesas do organismo;
Ampliar reservas de nutrientes;
Melhorar o processo de cicatrização e recuperação da cirurgia;
Suprir carências geradas pelo estresse físico e mental no período que compreende o preparo para cirurgia.
No pós-operatório, o uso de vitaminas e minerais se inicia em média a partir do 15º dia. Nos 3 primeiros meses as doses são mais altas. A tendência é diminuir com o passar dos meses, e variar de acordo com os resultados dos exames de cada paciente. As reservas de nutrientes e necessidades são individuais, de acordo com sexo, idade, e o consumo de alimentar de proteínas (carnes, frango, peixes, ovos, laticínios), grupos de alimentos que fornece nutrientes importantes como Zinco, Ferro, Vitamina B12 e Cálcio são os que geralmente merecem suplementação extra.

A sequência no uso de vitaminas e minerais é para toda vida, mesmo que em doses baixas. Suplementos não produzem energia (calorias) e por isso não são capazes de gerar aumento de peso, fato que preocupa a maioria dos pacientes. Eles servem para proporcionar equilíbrio, vitalidade, evitar anemia, entre outras complicações.

É comum o paciente suspender por conta própria o uso do suplemento em algum momento da vida alegando bem estar e boa alimentação, entretanto, mesmo que o consumo alimentar seja satisfatório, o aparelho digestório após a cirurgia já não é mais capaz de absorver os nutrientes como anteriormente.

É importante seguir a orientação da Equipe quanto à escolha do Suplemento

3. DIETA DE DESINTOXICAÇÃO

É uma dieta líquido-pastosa, restrita, fracionada varias vezes ao dia que o paciente deve seguir por 24 horas antes da internação. Esta dieta comporta sopa de legumes liquidificada e não peneirada, sucos de frutas naturais não peneirados e hidratação (chás, água). Não são permitidos alimentos de origem animal e açúcar neste dia.

Esta dieta tem por objetivo não deixar resíduos no estômago e intestino, evitar fermentação excessiva e com isso garantir sucesso na cirurgia e bem-estar no pós-operatório. O seguimento desta dieta é obrigatório e faz parte do protocolo de cirurgia.

Para alguns pacientes é sugerido o seguimento de um Plano Desintoxicante (Detox) 7 a 15 dias antes da cirurgia. Não é obrigatório, mas colabora enormemente para o sucesso da cirurgia. Fígado e outros órgãos menos edemaciados facilitam a procedimento cirúrgico. Para pacientes com IMC maior que 40, portadores de doenças do aparelho digestório e com função hepática alterada é sugerido seguir a proposta Detox.

Na Detox são proibidos alimentos contendo farinha branca, açúcar, carne bovina, leite de vaca e derivados, café, bebida alcóolica, alimentos industrializados de forma geral. São liberadas todas as frutas, vegetais, cereais integrais, raízes, tubérculos, sementes durante o Detox.

A dieta estimula o consumo de alimentos que potencializam a desintoxicação do fígado como azeite de oliva extravirgem, castanha do Pará, vegetais Ricos em Clorofila e Enxofre, abacate, lima da pérsia, alho, gengibre entre outros.

DIETAS PÓS OPERATÓRIO

Pós-operatório imediato
Dieta Líquida
Dieta Pastosa
Dieta Livre
Seguimento Nutricional Pós operatório.

1. Pós-operatório imediato

Entre 24 e 48 horas após a operação já são introduzidos líquidos como água, água de coco, chás de ervas claras (camomila, hortelã, erva doce, funcho), suco de laranja-lima diluído em água em quantidade de 50ml. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir até sentir-se apto a tomar maiores quantidades.
A dieta do primeiro mês pós-operatório está dividida em 3 etapas e inicia-se ao chegar em casa após a alta hospitalar:

Etapa 1: Dieta Líquida 50ml (7 dias)

Etapa 2: Dieta Líquida 100ml (7 dias)

Etapa 3: Dieta pastosa (10-15 dias)

O ideal é que o paciente tenha disponibilidade de seguir este plano exclusivamente em casa, pois facilita o fracionamento e preparo das refeições. Porém caso seja necessário retornar ao trabalho ao término da dieta líquida, é possível fazer algumas adaptações individuais para que o mesmo não fuja da rotina alimentar logo no início do tratamento.

2. DIETA LÍQUIDA COMPLETA
Nos primeira quinzena, o paciente deve ingerir exclusivamente líquido. O uso de alimentos sólidos precocemente pode forçar os pontos que são dados no estômago, fazendo com que estes se rompam, aumentando o tamanho do reservatório gástrico, ou provocando vazamentos do estômago, predispondo complicações graves ou dificultando a perda de peso.

É uma dieta hipocalórica que fornece poucos resíduos e facilita a digestão. A função desta dieta é proporcionar repouso gástrico, cicatrização e hidratação, e por este motivo deve ser respeitada incondicionalmente, já que o seguimento do plano evita as complicações citadas anteriormente e desconforto gástrico e intestinal (náuseas, vômitos, dor, distensão abdominal e gases), proporcionando bem-estar e retorno precoce às atividades do dia-a-dia.

A primeira semana consiste na ingestão de 50ml e a segunda semana 100ml de líquidos por refeição. A evolução do 7º para o 8º dia, onde ocorre o aumento do volume deve ser muito cautelosa. O paciente deve tomar suas refeições vagarosamente e em pequenos goles,bebendo o suficiente para se sentir saciado.  Forçar a ingestão de toda a porção recomendada não é indicado caso o mesmo não se sinta confortável para isso. A evolução do consumo deve ser gradativa e natural. O respeito ao sinal de saciedade deve ser praticado já neste momento e prosseguir por toda vida.

A dieta líquida é chamada completa, pois contém uma quantidade razoável de nutrientes, devendo para isso ser bastante variada, natural e preparada artesanalmente. Não se recomenda a ingestão alimentos industrializados como sopas prontas, sopas infantis, caldos industrializados, gelatina e pudim mesmo light. Alimentos industrializados não tem valor nutricional, são ricos em sódio, compostos químicos que não agregam saúde.

Leite de vaca, mesmo desnatado, pode não ser uma boa opção imediatamente após a cirurgia, já que a lactose (açúcar do leite) pode causar fermentação e desconforto intestinal (gases, diarréia ou obstipação) e as proteínas do leite, por serem de origem animal são de difícil digestão, exigem da saúde do estômago neste momento.

As opções desta dieta, nas 2 semanas são as mesmas, suco de frutas, iogurte e bebida a base de soja light/zero açúcar, caldo de frango ou carne (caseiro) batido com legumes e peneirado,  complemento alimentar isento de açúcar com o objetivo de aumentar o aporte de proteínas, vitaminas e minerais da dieta, já que o polivitamínico é iniciado somente com a entrada da dieta pastosa. A dieta é isenta de açúcar e o paciente será rotineiramente estimulado a manter esta conduta. Recomendam-se adoçantes naturais à base de estévia ou sucralose.

Nesta fase todos os alimentos são liquidificados e peneirados. Para suco de frutas e sopas utiliza-se coador de pano ou papel para garantir que o líquido esteja homogêneo ao beber, facilitando a deglutição. Também não se utiliza talheres, o líquido é bebido em copos medidores de 50 ou 100ml.

A dieta é composta por 8 refeições que devem ser distribuídas a cada 2 horas. Não pular nenhuma refeição é importante. Caso o paciente não sinta fome, deve consumir um pouco menos da porção, mas jamais pular, pois este ato começará a prejudicar sua perda de peso, uma vez que o fracionamento correto representa em um dos pilares básicos da reeducação alimentar e deve ser seguido para vida toda.

Nos intervalos de cada refeição programada recomenda-se tomar vagarosamente 150ml de água ou outro liquido hidratante (água de coco, chás), em pequenos goles. Não é permitido bebida com gás, café, leite de vaca (mesmo desnatado), chás a base de cafeína (chá mate, chá preto, chá verde), chimarrão, sucos artificiais e de caixinha (mesmo light).

Atualmente, para alternar com água e chás na hidratação, é comum a utilização de fórmulas com colágeno hidrolisado composto com vitaminas e minerais, com sabor de frutas, que lembram sabor de suco. O produto é comercializado em pó e deve ser diluído em água. É agradável, refrescante, proporciona saúde, aumenta o teor de proteínas da dieta e ajuda da aceitação de líquidos, regra que é fundamental, entretanto difícil de ser seguida devido a sensação de saciedade precoce.

3. DIETA PASTOSA
A função desta dieta é iniciar mastigação, adaptação e transição de líquidos para sólidos. É uma dieta também hipocalórica, composta por líquidos e alimentos macios. Utiliza-se pires e colher de chá para a alimentação. O paciente é orientado a se servir com ½ colher de chá e então colocar na boca esta quantidade. É preciso estar atento ao ato de mastigar a todo momento. Comer devagar, dar um intervalo entre uma porção e outra, evitar conversar enquanto come, comer sem pressa e prezar um ambiente tranquilo para a realização das refeições são atitudes que devem fazer parte da vida do operado.

Prestar muita atenção no que ingere ajuda o cérebro a “registrar” a consistência pastosa, atitude importante para conseguir passar para a próxima fase da dieta com sucesso e segurança.

Diferente do que a maioria das pessoas imagina, os vômitos tendem a ocorrer com o passar do tempo, após o 2º e 3º mês pós-operatório, pois o paciente passa a ficar mais distraído para comer. Quanto mais estabilizado o paciente, mais distraído ele pode estar, correndo o risco de esquecer-se de mastigar corretamente.

A dieta pastosa consiste em 7 a 8 refeições por dia, com intervalo de 2 horas, a base de preparações cremosas como purê de batata inglesa, batata-salsa ou abóbora, quirera, polenta, carne e frango desfiado, legumes cozidos, sopa de legumes com carne ou frango sem liquidificar, biscoito salgado, sucos de frutas natural, frutas macias ou cozidas. Café e leite desnatado já podem ser introduzidos. Já é possível cozinhar com azeite de oliva ou óleo de canola em pequenas quantidades, diferente da dieta líquida onde os caldos não levam gordura no preparo.

A hidratação nos intervalos das refeições permanece no mesmo modelo da dieta líquida, entretanto o volume já pode ser aumentado para 200ml.

4. DIETA BRANDA
 A dieta branda representa a transição da dieta pastosa para livre, etapa onde a maior parte dos alimentos comuns do dia-a-dia já é introduzida na dieta do paciente, porém de forma abrandada para auxiliar sua mastigação. Os alimentos sugeridos nesta fase são facilmente digeridos, levemente temperados, possuem consistência macia pela sua cocção, com o mínimo de fibras e quantidade moderada de resíduos.

É interessante que a dieta além de simples seja preparada em casa, para que não haja excesso de sal, temperos, condimentos industrializados e gordura.

Nesta fase o paciente recebe uma dieta personalizada e adaptada para sua rotina de vida, visando a mais perfeita execução do plano. É nesta fase que o Nutricionista inicia de forma concreta a estruturação da nova vida alimentar do paciente, discutindo com ele a elaboração do plano, bem como a importância de cada grupo alimentar, o fracionamento, opções práticas de lanches e especialmente a atenção ao consumo de proteínas animais, com o objetivo de suprir as necessidades de Ferro, zinco, vitamina B12 e Cálcio na dieta.

Entre os alimentos permitidos na dieta branda estão: café, leite desnatado, pão, torradas, queijos magros, presunto, ovos cozidos, frutas macias (sem casca e bagaço), feijão, arroz, batatas, macarrão, iogurtes, farinha de linhaça em pequenas quantidades. Carne, frango, peixes cozidos, assados ou grelhados, jamais fritos ou empanados.

A partir da dieta branda as refeições passam a exigir cada vez mais a atenção para mastigação. É extremamente importante mastigar os alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando então podem ser engolidos.

As porções se mantém reduzidas, com volumes semelhantes a dieta pastosa, e os líquidos já podem ser aumentados para 250ml nos intervalos de refeições, que permanecem a cada 2 horas, exceto se a rotina de trabalho e atividades do paciente não permitir, calculamos refeição a cada 2 horas e meia. O tempo entre uma refeição e outra jamais pode ultrapassar 3 horas. Ao final do dia o paciente deve ter realizado 6 a 7 refeições.

O fracionamento correto contribui para a perda de peso eficiente, evita perda de massa muscular, previne desnutrição, anemia, preserva o sistema imunológico, mantém as funções cognitivas integras (memória, concentração, atenção), promove bem estar físico e mental. Pular refeições na tentativa de emagrecer é um dos mais graves erros no processo de emagrecimento!

5. DIETA LIVRE
Em geral, inicia-se 2 meses após a cirurgia. Nesta dieta já podem ser introduzidos a maior parte dos alimentos, com a consistência mais próxima do normal, porém continua ocorrendo a adaptação individual e gradativa de cada paciente, sendo importante preservar a qualidade nutricional e fracionamento estruturado já nos planos anteriores, mantendo a atenção para consumo de proteínas.

Todas as frutas são permitidas (com cascas e bagaços), frutas secas, vegetais crus e cozidos, folhosos verde-escuros, carnes de todas as espécies, alimentos fontes de fibras (aveia, granola, barra de cereais), sementes oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, pistache), entre outros alimentos que exigem mastigação exaustiva.

É bom lembrar que a saciedade será maior com alimentos sólidos e, como o que pretendemos é diminuir a ingestão para perder peso, as refeições devem basear-se em alimentos "mastigáveis". Hidratar-se com bebidas que contenham calorias e açúcar irão inibir a perda de peso. Sendo assim, a sede deve ser suprida com água.

A dieta livre não representa liberdade para retornar aos velhos hábitos nem mesmo abandonar todos os ensinamentos passados até aqui, apenas abre alternativas para o paciente consumir alimentos na sua característica original sem precisar de abrandamento ou transformação em pastoso. Também oferece oportunidade de comer em restaurantes e participar de eventos sociais que envolvam comida. Os princípios básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico, pobres em açúcares e gorduras, restringir álcool precisam ser estabelecidos como um novo comportamento do operado.

 A partir desta fase é possível planejar junto com o Nutricionista o momento para comer uma preparação fora do planejamento sem que haja prejuízos na perda de peso. Entretanto, quanto mais tempo o paciente se manter restrito e fiel a dieta, mais perto ele estará da sua meta de peso. Durante o primeiro ano o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago e a conhecer aqueles alimentos mais toleráveis.

 SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO

O acompanhamento nutricional durante o primeiro ano após a cirurgia visa a trabalhar a sustentação dos novos hábitos alimentares, comportamentos magros e reforço constante da necessidade do seguimento das regras para que o objetivo seja alcançado. O abandono do acompanhamento nutricional abre possibilidades para o paciente retonar aos velhos hábitos e assim estacionar a perda de peso ou recuperar alguns quilos.

Entre as funções do Nutricionista está: a elaboração do plano alimentar de acordo com a rotina de atividades diárias (trabalho, estudos, exercício físico) do paciente, preferências alimentares, necessidade calórica e de nutrientes, análise de exames laboratoriais, prescrição de suplementos nutricionais (vitaminas, minerais, proteínas), acompanhamento da perda de peso, bem como reforçar incansavelmente a importância das escolhas saudáveis, pois são as atitudes nutricionais inteligentes que ajudarão na sustentação do novo pelo resto da vida.

A cirurgia é uma etapa, não a essência do tratamento, onde o rigoroso acompanhamento da Equipe é indispensável para o sucesso!

Nutricionista Fárida Nichele Cortez - CRN8-4289

Graduada pela UFSC
Especialista em Terapia Nutricional com Treinamento em Serviço UFPR
Especialista Lato Sensu em Nutrição Clínica Funcional UNICSUL
Especialista Lato Sensu em Fitoterapia aplicada à Nutrição Funcional UNICSUL
Email: faridacortez@gmail.com

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