terça-feira, 7 de maio de 2013

Dieta Pós-Operatória


Durante o primeiro mês o paciente deve passar por dieta líquida, seguida de dieta pastosa, conforme orientação da Nutricionista. O uso de alimentos sólidos precocemente pode forçar os pontos que são dados no estômago, fazendo com que estes se rompam, aumentando o tamanho do reservatório gástrico, ou até vazamentos do estômago, predispondo complicações graves ou dificultando a perda de peso.


MODELO DE ROTINA ALIMENTAR

Pós-operatório imediato
Entre 24 e 48 horas após a operação já são introduzidos líquidos em pequena quantidade. Podem ser oferecidos água de coco, chás, suco de lima e água em quantidades que variam de 50 a 100 ml. O paciente deverá ingerir em pequenos goles e progredir até sentir-se apto a tomar maiores quantidades. 
Período 1 - Dieta líquida: Nos primeiros 15 dias, o paciente deve ingerir exclusivamente líquidos, aproximadamente 100 a 200 ml por refeição. O tipo de líquido deve conter uma quantidade razoável de nutrientes, devendo para isso ser bastante variada. Pode-se tomar chás, leite desnatado, iogurte light, sucos de frutas ou vegetais (cenoura, tomate, beterraba), sopas (de verduras, frango ou carne), mingaus, gelatinas, etc. É importante que a dieta seja fracionada por todo o dia, de forma que não sinta fome entre as refeições, nem sobrecarregue o estômago em uma única tomada. 
Período 2 - Dieta Pastosa – Purê: Esta fase se inicia no 15o dia pós-operatório para a banda, e no 30º para a cirurgia de redução. As refeições com consistência semelhante à de purê devem ser tomadas em pequena quantidade. Sucos e chás devem complementar a alimentação diária, com os líquidos sendo administrados nos intervalos entre as refeições. A quantidade total de líquidos administrados a cada dia deve ser de pelo menos 1500 ml, divididos em várias tomadas - 200 a 300 ml.
Período 3 - Alimentos de fácil mastigação: Refeições de consistência normal já podem ser introduzidas na dieta apos 30 dias. As porções devem, contudo, ser mantidas pequenas, e os líquidos tomados apenas nos intervalos das refeições. 
É extremamente importante mastigar os alimentos até que estes se encontrem completamente triturados, quando então podem ser engolidos. As refeições devem ser feitas em 3 a 5 horários diferentes, mantendo-se variantes de baixo teor calórico e alto teor protéico. Devido a sua consistência muito dura deve-se evitar alimentos grelhados e assados, dando-se preferência aos cozidos. 
Período 4 - Comer com calma e mastigar bem os alimentos: Nesta fase cada um pode fazer seu próprio cardápio, dentro dos princípios básicos de ingerir alimentos de baixo teor calórico. Seu início é variável e depende da aceitação do paciente. A mastigação lenta, e a tomada de pequenos bolos a cada vez, É bom lembrar que a saciedade será maior com alimentos sólidos e, como o que pretendemos é diminuir a ingesta para perder peso, as refeições devem basear-se em alimentos "mastigáveis". 
Cabe ainda salientar que o açúcar e o álcool são os grandes inimigos da perda de peso. Para promovermos grandes resultados é importantíssimo que sejam utilizados alimentos sem açúcar, principalmente durante o primeiro ano. Após a fase de adaptação, o paciente vai aprendendo a interpretar os sinais de seu estômago e a conhecer aqueles alimentos mais toleráveis.

SEGUIMENTO PÓS-OPERATÓRIO 

Os retornos com o cirurgião são feitos da seguinte maneira:
- Sete (07) dias após a cirurgia para retirar pontos e dreno. Prescrição de medicações como inibidores de bomba de prótons para evitar úlceras e suplementos nutricionais;
- Trinta (30) dias de pós-operatório para aferição de peso, avaliação da evolução da dieta e liberação para exercícios físicos no caso de cirurgia laparoscópica;
- Retornos com 3, 6, 9 e 12 meses no primeiro ano para exames laboratoriais, aferição do peso e de principais queixas, além de reposição de vitaminas e minerais se necessário. Nos retornos de 6 e 12 meses realizamos exames de ecografia abdominal para avaliação de possível colelitíase (pedra na vesícula biliar) e gordura (esteatose) hepática e endoscopia digestiva alta para avaliar o reservatório gástrico (pouch) e a existência ou não de úlcera péptica.
- Retornos semestrais a partir do segundo ano de pós-operatório.

Retorno ao trabalho e atividades habituais:
No caso de cirurgia laparoscópica, o retorno ao trabalho se dá em 15 dias, atividades de academia e exercícios aeróbicos em 30 dias e no caso da cirurgia aberta é dependente de cada paciente, mas sempre com tempo de retorno mais demorado.

Gestação:
É extremamente recomendado que mulheres em idade fértil usem métodos anticoncecpcionais nos primeiros 18 meses após a cirurgia, afim de evitar danos ao seu próprio corpo e ao feto em decorrência de carências vitamínicas e minerais.

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